O ano de 2020 não foi, como podemos dizer, um presente para os cofres dos clubes de futebol. Seja na Itália, Japão ou Uruguai, a pandemia da COVID-19 causou mudanças nos orçamentos dos times, que, como outras atividades cuja maior parte da renda vem de eventos com público presencial, viram suas receitas diminuírem com o cancelamento de partidas ou a realização de jogos sem torcedores nos estádios. A saída encontrada por alguns deles para gerar uma renda extra foi tão criativa quanto os dribles que nos acostumamos a ver nos gramados: as criptomoedas.
Sabe aquelas músicas que tocam após os gols ou postagens que viralizam nas redes sociais dos clubes? Pois é. Alguns times estão oferecendo-os como tokens para que torcedores possam comprá-los. E antes que você pense que essa iniciativa é coisa de time pequeno e sem patrocínio ou caixa, saiba que o Manchester City, Milan e a seleção da Argentina são exemplos de equipes que já adotaram esse novo modelo de negócio. Ah, e a “Fúria”, vulgo seleção espanhola, também já manifestou seu desejo de adotar essa solução.
Mas, nem todos os envolvidos parecem estar contentes com essa alternativa encontrada pelos times. Eles esqueceram de perguntar se os torcedores concordam com isso. Ao que parece, não. Para quem torce, o que deveria ser paixão e prazer está se tornando um negócio cada vez mais caro de se fazer parte. Sem contar que os tokens podem sofrer com volatilidade e alterações sem aviso prévio, que não acompanham, necessariamente, o desempenho de um time.
E você? De que lado fica? Pensa que os times só estão buscando alternativas de manter o caixa abastecido ou acha que os clubes estão tentando inovar e surfar na onda das criptomoedas para aparecer na mídia? Conta pra gente!